Torcedores de Atlético e Cruzeiro brigam nas arquibancadas do Mineirão após o clássico: https://t.co/M2dmD70I9o pic.twitter.com/Y4kkAgICoT
— Itatiaia (@itatiaia) November 10, 2019
Um tumulto generalizado tomou conta de parte do Mineirão após o empate no clássico entre Cruzeiro e Atlético, na noite deste domingo. Torcedores da equipe alvinegra chegaram a invadir a área de camarotes no setor roxo do Gigante da Pampulha e houve conflito. O batalhão de choque da Polícia Militar (PM) foi acionado para conter a confusão.
Bombas de efeito moral e gás de pimenta foram usados. Objetos foram arremessados do anel superior para a área inferior do estádio. Torcedores ficaram feridos e precisaram receber atendimento médico. Entre eles está o atleticano Rafael Henrique de Oliveira, que recebeu um tiro de borracha no rosto, próximo ao olho esquerdo. Ele foi encaminhado para um hospital.
O clássico ainda teve outras confusões. Antes da partida no Mineirão, 39 cruzeirenses foram detidos após entrarem em confronto no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Eles são integrantes das organizadas Máfia Azul e Pavilhão, ambas do Cruzeiro. As brigas entre as duas torcidas vêm ocorrendo há algum tempo, e elas não podem entrar nos estádios com bateria, faixas e bandeiras.
Outro tumulto foi registrado na chegada ao estádio, com o clássico já em andamento. A Polícia Militar teve de dispersar torcedores do Cruzeiro com gás de pimenta no lado de fora do Mineirão. Seis pessoas foram detidas, totalizando 47 presos por causa das brigas neste domingo.
No intervalo da partida, policiais voltaram a usar gás de pimenta para controlar uma confusão entre torcedores do Atlético, no setor laranja do Mineirão. Várias pessoas tiverem de ser atendidas no posto médico por causa das confusões no clássico. A Polícia Militar ainda não contabilizou o número de feridos.
Após a partida, o atacante Luan, do Atlético, lamentou a briga. “Muito feio isso, as duas grandes equipes do estado e quando tem briga é chato, é ruim para as duas partes. Família que vem no estádio comparecer e acaba presenciando essas coisas feias no futebol. Espero que acabe um dia, que o torcedor se comporte como gente”, disse.
Do lado do Cruzeiro, o zagueiro Fabrício Bruno também falou sobre a confusão. “Se for para vir e polemizar o jogo, para fazer o que a torcida do Atlético fez, é melhor não vir. Sou a favor de ter o clássico com duas torcidas em igualdade, porque para mim é bonito para o futebol. Mas, para acontecer isso que aconteceu ali, é ruim para todo mundo, principalmente para nós, que estamos ali para dar o show. Estou vendo muita gente reclamando do gás de pimenta, e agora eu estou sentindo também. Que a polícia e os órgãos responsáveis punam os responsáveis por tudo isso”, afirmou.
Nota de esclarecimento
Em nota oficial enviada à Itatiaia pela assessoria de imprensa da Esquadra Segurança & Transporte de Valores, a empresa terceirizada, que fez o trabalho de segurança no Estádio Mineirão no clássico, esclarece:
“Em relação ao fato ocorrido na noite deste domingo, dia 10/11, no clássico Cruzeiro x Atlético, esclarecemos que a ação dos seguranças da Esquadra foi fundamental para a manutenção do mínimo de ordem até a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar de Minas Gerais, que assertivamente atuou no ocorrido entre as torcidas do Cruzeiro e do Atlético.
É improcedente notícia veiculada de que a suposta falta de vigilantes no clássico explica o lamentável acontecimento no Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão.
Os seguranças da Esquadra exercem seu ofício de acordo com o Plano de Segurança, elaborado exclusivamente para atuação em estádios de futebol.
Infelizmente, lamentamos o fato ocorrido e acreditamos que pessoas contrárias à paz nos estádios de futebol, nossa paixão nacional, se infiltram entre aos milhares de torcedores que só querem assistir a um grande espetáculo. Diante de mais esse ocorrido, defendemos que é necessária a união da sociedade civil no intuito de garantir punição e o banimento definitivo de baderneiros travestidos de torcedores.
A Esquadra segue apurando toda a situação em conjunto com as forças de Segurança Pública”.
Fonte: Itatiaia