A falta de chuva e a baixa umidade relativa do ar são características comuns dos meses de inverno. E, quando a umidade do ar cai para menos de 30% (o índice ideal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, é de 60%), aumenta a incidência de problemas de saúde na população.
Um dos grandes danos desse período é a desidratação das células, sobretudo da pele e das mucosas. Narinas e olhos ressecados, cansaço e dor de cabeça são sintomas que podem aparecer quando faltam água e sais minerais no organismo. Além disso, com o tempo seco cresce a ocorrência de doenças como rinite e conjuntivite alérgicas, pois os agentes causadores das alergias – como poeira, poluição e pelos de animais – ficam mais tempo suspensos no ar.
Algumas doenças de pele também podem surgir ou se agravar com a baixa umidade, como a dermatite atópica, uma alergia crônica que pode formar crostas e soltar secreções, e a psoríase, doença inflamatória que geralmente forma lesões nos joelhos, cotovelos e no couro cabeludo.
Por isso, alguns cuidados são fundamentais:
- Hidrate-se: ingira bastante líquido, incluindo água (cerca de dois litros ao dia), sucos naturais e água de coco;
- Se exercite na hora certa: evite exercícios físicos entre 10h e 17h (quando o ar está menos úmido) e prefira ambientes com clima regulado, como academias;
- Evite banhos com água muito quente, que ressecam a pele, e use, sempre que possível, um creme hidratante. Em caso de irritação respiratória e dos olhos, use soro fisiológico para lavar os olhos e as narinas.
- Deixe a casa sempre limpa e arejada: o acúmulo de poeira aumenta problemas alérgicos e respiratórios.
- Use um pano úmido para fazer a limpeza;
- Durma em local arejado: os ambientes podem ser umidificados com toalhas molhadas, bacias com água e, se possível, com uso de umidificadores.
- Evite aglomerações: locais fechados e com grande concentração de pessoas, como shoppings e supermercados, podem acentuar as dificuldades respiratórias.
Hospital São Marcos