A solidão assusta muita gente. O silêncio, a ausência de distrações e a falta de companhia podem parecer sufocantes. Para alguns, estar sozinho é sinônimo de abandono, de vazio. Para outros, é um momento valioso de descanso e reencontro consigo mesmo. Mas o que diferencia essas duas experiências? A resposta está no autoconhecimento.
Quando estamos sozinhos, somos confrontados com nossos próprios pensamentos e sentimentos. E nem sempre esse encontro é confortável. A falta de companhia pode evidenciar inseguranças, ansiedades e aquela sensação de “não sei o que fazer comigo mesmo”.
Isso acontece porque muitas vezes depositamos nossa identidade no outro: nos relacionamentos, na vida social, no trabalho. Quando esses elementos não estão por perto, sobra apenas quem realmente somos. E se não conhecemos ou gostamos da nossa própria companhia, a solidão se torna um peso.
Se estar sozinho gera desconforto, pode ser um sinal de que você ainda não construiu um espaço interno seguro. Pode indicar dependência emocional ou medo de enfrentar questões não resolvidas.
Por outro lado, quando você aprende a se sentir completo na sua própria presença, suas relações mudam. Você não busca o outro para preencher vazios, mas para compartilhar. Não teme o silêncio, porque dentro de você há conforto. E o melhor: a solidão deixa de ser assustadora e passa a ser uma escolha.
Se hoje você sente a solidão como um incômodo, talvez seja o momento de se perguntar: o que tanto me incomoda em estar sozinha(o)?
Porque, no fim das contas, a relação mais importante que você terá na vida é com você mesmo.
Psicóloga Dayara Ferreira
Especialista em Terapia Familiar
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