Uma das cenas mais marcantes na partida do Cruzeiro contra o Fluminense, na noite dessa terça-feira (12) foi a expulsão do técnico Paulo Pezzolano por Raphael Claus ainda no primeiro tempo. Após uma série de pequenas confusões em campo, numa partida que já começou tensa, o uruguaio se irritou com pênaltis não marcados a seu favor e precisou ser contido para, possivelmente, não partir para cima do árbitro Fifa.
Na súmula, o paulista relatou que o uruguaio invadiu o gramado, o ofendeu e ainda insinuou que o árbitro estava “roubando” para o tricolor carioca. Na partida de ida, comandada por André Luiz de Freitas Castro, de Goiás, o Fluminense venceu por 2 a 1, enquanto na volta houve vitória de 3 a 0, com todos os gols no segundo tempo.
“Expulso por, após receber um cartão amarelo, continuar protestando e gesticulando acintosamente contra as decisões da arbitragem. Informo que, após ser expulso, o mesmo invadiu o campo de jogo, partindo em minha direção dizendo as seguintes palavras ‘seus filhos da p*’, ‘vocês estão roubando, roubaram lá e estão roubando aqui também’ (repetindo por várias vezes). Esclareço que o treinador expulso foi contido por seus atletas e pelo quarto árbitro da partida. Saliento que o mesmo já havia sido advertido verbalmente aos 36 minutos”, escreveu.
Claus ainda contou que, após o término do confronto, Pezzolano voltou ao campo de jogo para se desculpar pelo ocorrido.
Raphael Claus disse que foi ofendido pelo técnico do Cruzeiro, Paulo Pezzolano, e que o uruguaio afirmou que a arbitragem "roubou" nos dois jogos contra o Fluminense, por isso, ele foi expulso. Após a partida, o treinador teria pedido desculpas | @otempo pic.twitter.com/LWTbEpMlfB
— Gabriel Moraes (@gabrieumoraes) July 13, 2022
Em entrevista coletiva, o treinador afirmou que joga com o time e é intenso como os atletas, por isso, algumas atitudes são impensadas. “Eu não faço as coisas pensando, às vezes, quando estou vivendo o jogo. Tem equipes onde enxergo muita identificação com o treinador. Se você quer um time intenso, é difícil ter um treinador sentado no banco e sem falar”, disse.
De qualquer forma, Pezzolano acredita que tem razão com relação às reclamações. “Mas penso que tenho razão nas reclamações. Foi mal do Fluminense. Olha na jogada do Luvannor, foi pênalti. Eu vivo tudo no campo com eles. A raça que eles têm no dia a dia, faz com que eu seja ativo no jogo. Eu jogo com eles”, explicou.
Ele ainda relata ter ciência que precisa melhorar alguns comportamentos. “Eu sei que tenho que melhorar isso. Ainda estou com 39 anos, preciso ajeitar algumas coisas, mas quero ficar sempre com essa intensidade. Tento não faltar com respeito ao árbitro” concluiu.
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