O Cruzeiro informou, nesta terça-feira (12) que protocolou pedido de recuperação judicial na Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte. A medida faz parte do plano de renegociação do clube de suas dívidas, que superam R$ 1 bilhão, atualmente.
Ronaldo, quando ainda estava em negociação para adquirir a SAF Cruzeiro, falou que essa era uma medida importante para que ele continuasse as tratativas de negociação com o clube. O pedido, junto a Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, porém, foi feito pela associação Cruzeiro, e não pela SAF.
“A recuperação extrajudicial ou judicial é um instrumento legal, muito conhecido no Brasil, para ajudar instituições que estão passando por dificuldades financeiras. Com esse instrumento, a organização ganha mais tempo para pagar seus credores, sendo fiscalizado por profissionais indicados pelo Judiciário”, disse Ronaldo à época.
No comunicado divulgado pelo clube, Daniel Vilas Boas, advogado responsável pela recuperação judicial do Cruzeiro, explicou sobre o processo. “A recuperação judicial foi avaliada como a melhor medida para o Cruzeiro, em substituição ao Regime Centralizado de Execuções, também previsto na lei. A associação contratou uma consultoria especializada na área financeira, a Alvarez & Marsal, para que estudasse o endividamento do Cruzeiro, a projeção de receitas, e apresentasse um plano de pagamentos. Após este estudo e verificar os requisitos legais, a associação resolveu entrar com o pedido de recuperação judicial, que está dentro de um conjunto de iniciativas que o clube tomou, para que as dívidas sejam saneadas”, afirmou.
Para o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, a recuperação judicial representa um importante passo para o futuro da instituição. “É fundamental fazer esse plano de pagamentos, para cumprir com todos, dentro da capacidade do clube, e para que em um futuro próximo possamos ter um clube livre de dívidas, com um patrimônio bom e desimpedido”, destacou.
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