Das três derrotas que o Cruzeiro teve em 19 confrontos, a primeira delas foi para o Bahia, na abertura da Série B do Campeonato Brasileiro. Neste sábado (23), a Raposa teve a oportunidade de devolver o revés e cumprir a rotina em casa. Em duelo encardido, pegado e com contornos dramáticos no fim, eis que surge Stênio, para marcar o primeiro gol como profissional, justamente em sua reestreia com a camisa azul, e incendiar o Mineirão. O goleiro Rafael Cabral, com defesas espetaculares, manteve o caldeirão da China Azul fervendo.
Com o 1 a 0 diante do Tricolor, o time estrelado segue 100% como mandante. Dez vitórias em Belo Horizonte, 45 pontos, e mais um passo importante rumo ao retorno à elite do futebol nacional.
Agora, o Cruzeiro terá um período para descansar e treinar, algo que o técnico Paulo Pezzolano vem cobrando. O próximo compromisso será apenas no próximo sábado (30), quando pega o Brusque, às 11h, no estádio Augusto Bauer, no interior de Santa Catarina. O Bahia, por sua vez, vai encarar o Náutico, na sexta-feira (29), às 19h, na Arena Fonte Nova.
O primeiro tempo do confronto no Mineirão foi bastante truncado, com as duas equipes “embolando” o jogo pelo meio. O Cruzeiro foi superior ao Bahia nesta etapa, mas com dificuldade para colocar os atacantes em condição de marcar. Embora Edu tentasse se movimentar de um lado para o outro na frente, teve apenas uma oportunidade para concluir em gol, após ótimo passe de Neto Moura. No entanto, Danilo Fernandes mandou para escanteio.
Como tem dificuldade para chegar de pé em pé, pelo meio, a Raposa tentou com lançamentos de trás, na maioria das vezes por meio de Eduardo Brock. Mas, geralmente, sabe-se que função de zagueiro não é armar.
Outra opção encontrada para furar o sistema defensivo baiano foi pela direita, com o lateral Geovane levando vantagem na maioria dos duelos e chegando com perigo. Por outro lado, Matheus Bidu pouco foi acionado do outro lado. Curiosamente, apesar da ligeira superioridade estrelada, foi o Bahia quem quase marcou. Na chance mais efetiva, Rafael Cabral evitou o gol de Raí Nascimento.
O Cruzeiro voltou do intervalo com uma mexida. O atacante Stênio, reestreando pelo clube após empréstimo ao Torino-ITA, substituiu Luvannor. O camisa 22 entrou para jogar pela direita, lado que a Raposa já dominava. O confronto mudou pouco o ritmo, apesar de mais aberto.
No entanto, toda a estratégia estrelada caiu por terra, quando Eduardo Brock parou Copete com falta e levou o cartão vermelho direto. O cronômetro apontava 18 minutos. Ou seja, a Raposa teria de se desdobrar em campo por, pelo menos, mais meia-hora. Eis que surge o imponderável. Três minutos depois, Stênio um dos estrreantes da tarde, aproveitou rebote de Danilo Fernandes e “tocou” fogo no Mineirão.
FICHA TÉCNICA
Cruzeiro 1 x 0 Bahia
Motivo: 20ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
CRUZEIRO: Rafael Cabral; Geovane, Zé Ivaldo, Eduardo Brock e Matheus Bidu; Pablo Siles (Wagner Leonardo), Filipe Machado e Neto Moura (Pedro Castro); Luvannor (Stênio), Edu (Léo Pais) e Bruno Rodrigues (Breno)
Técnico: Martín Varini
BAHIA: Danilo Fernandes; Didi, Gabriel Xavier e Luiz Otávio; André, Rezende, Lucas Mugni (Rodallega), Daniel e Matheus Bahia (Vitor Jacaré); Raí Nscimento (Copete) e Davó
Técnico: Enderson Moreira
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Fifa-SP)
Assistentes: Daniel Luís Marques e Evandros de Melo Lima
Gol: Stênio, aos 21 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Luvannor, Neto Moura (Cruzeiro); Lucas Mugni (Bahia)
Cartão vermelho: Eduardo Brock (Cruzeiro)
Público: 49.066
Renda: R$ 1.649,04