O comando da Polícia Militar em Rio Paranaíba divulgou à nossa redação na manhã desta quarta-feira (13), uma nota de esclarecimento sobre os fatos ocorridos no fim de semana, onde um socorrista do SAMU de Patos de Minas teria sido espancado por militares. A NTV de Patos de Minas chegou a veicular no NTV News desta terça-feira (12), uma matéria com o depoimento do homem de 30 anos, o qual acusa os policiais de usarem excesso de força durante a ocorrência.
Ele ainda diz na entrevista à TV, que os policias chegaram o agredindo. A reportagem, no entanto, somente entrou em contato com Batalhão da PM de Patos de Minas para saber dos fatos e foi informada que uma apuração seria aberta para investigar o caso.
Em nota, o comandante que está à frente do Pelotão da Polícia Militar de Rio Paranaíba temporariamente, Tenente Fábio Gomes, esclarece os fatos e ressalta que todas as informações constam no boletim de ocorrências e que no dia dos fatos, ou seja, no último domingo (10), o autor identificado como M.D.S de 30 anos estava com o aparelho de som automotivo ligado em alto volume em frente a um estabelecimento comercial e que a sala de operações recebeu diversas ligações através do 190, de pessoas reclamando do excesso de barulho causado pelo aparelho de som.
Incialmente, os policiais que faziam o patrulhamento urbano naquele dia foram até o local e dialogaram com o autor, pedindo assim, que o aparelho fosse desligado o que, segundo as informações, foi atendido. Mas, assim que os policiais voltaram a patrulhar a cidade, a sala de operações voltou a receber ligações através do 190, relatando o excesso de som, vindo do automóvel do autor.
Com a desobediência, os policiais retornaram ao estabelecimento comercial, quando presenciaram o carro do autor com o aparelho de som ligado em volume inadequado. Ainda segundo as informações, neste momento, os militares chamaram M.D.S. para conversar e resolver o problema de forma pacífica, porém, ele se recusou e começou a se afastar, ofender os agentes com palavras ofensivas e empurrar os militares, fato que é possível ver em vídeos filmados por testemunhas e que não foi mostrado na reportagem da TV. (Veja o vídeo abaixo).
https://youtu.be/f1zBxxpd4YM
Neste momento, no entanto, os policiais tiveram que usar de técnicas de imobilização para contê-lo. Mas, devido ao estado nervoso e agitado que o autor estava, não foi possível, uma vez que, além de não acatar as ordens dos policiais, o autor ainda ofereceu resistência à prisão e chegou a empurrar os policiais, os quais sofreram algumas lesões.
Diversas tentativas de contenção do autor por meio de técnicas de defesa pessoal foram feitas, porém, foram insuficientes. Os militares tiveram que usar meios que dispunham no momento, sendo os quais: bastão de madeira e bastão de tonfa, uma vez que, além da resistência do suspeito, algumas pessoas que estavam no local também partiram para cima dos policiais para intervir na ação.
Assim, em virtude da resistência à prisão de M.D.S., os policias também foram lesionados, mas o suspeito, na presença de testemunhas, dispensou atendimento médico. Ao fim da ocorrência, segundo as informações, o autor não quis colaborar com a solução do caso e recusou a assinar o termo de compromisso, sendo então, necessário o deslocamento até a Delegacia de Plantão em Patos de Minas.
De acordo com a PM e com a reportagem da NTV, o autor alega que houve excesso por parte dos policiais, os quais, segundo ele, usaram de força desproporcional. Assim, diante disso, a Polícia Militar, através do 2° Pelotão da 216ª Cia PM – Rio Paranaíba, informa que está aberta para prestar qualquer esclarecimento sobre o fato, bem como, para receber o autor e seus representantes, no caso da formalização de alguma denúncia contra os policiais, visando melhor apurar o ocorrido.
Nossa reportagem procurou o Delegado da Polícia Civil de Rio Paranaíba e foi informado que uma investigação foi instaurada para apurar o que realmente aconteceu na noite do último domingo (10).
Texto: Gilberto Martins