O ex-prefeito de Perdizes, Fernando Marangoni (PSDB), o Fernandinho, foi solto na noite desta quinta-feira (25), dois dias após ser preso em flagrante recebendo R$ 20 mil em propina durante Operação “Isonomia” do Ministério Público Estadual (MPE). De acordo com a assessoria da Prefeitura, o vice-prefeito Vinícius Barreto (PPS) tomou posse na manhã desta sexta-feira (26).
Segundo a advogado do político, Gustavo Tavares da Silva, após a prisão foi feito o pedido de liberdade provisória que foi acatado pelo juiz em Uberlândia com o aval do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele informou ao G1 que Fernando Marangoni contribuiu com informações importantes para a operação e agora segue à disposição da Justiça para mais esclarecimentos.
Em relação aos R$ 20 mil recebidos pelo ex-prefeito, o advogado alegou que o flagrante foi preparado e a origem do dinheiro ainda deve ser apurada nas investigações.
Fernando Marangoni renunciou ao cargo na noite de terça-feira (23). Ele assinou o documento, que foi entregue à Justiça Eleitoral, de dentro do Presídio Professor Jacy de Assis, para onde foi levado após ser flagrado recebendo a propina em Uberlândia. No documento, o político pediu desculpas pelo ensejo e informou que o motivo da renúncia é pessoal.
Operação “Isonomia”
A prisão do Prefeito ocorreu durante o cumprimento de mandados da Operação “Isonomia”, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia e da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, e contou com quatro promotores, 45 policiais militares e rodoviários federais e 12 viaturas policiais.
A investigação apura a contratação irregular de um escritório de advocacia situado em Uberlândia para prestação de serviços de compensação de créditos tributários a prefeituras do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas, nos anos de 2015 e 2016.
Fonte: G1