Cinomose é uma doença contagiosa provocada pelo vírus CDV (Canine Distemper Vírus) ou Vírus da Cinomose Canina (VCC), altamente contagioso que pode levar seu animal a óbito ou deixar graves sequelas, ela costuma acometer animais que ainda não terminaram o esquema de vacinação ou aquelas que não receberam o reforço anual ou nunca tomou a vacina múltipla (V8, V10 ou V 11). Mais nós conseguimos prevenir a cinomose e assim evitar que nossos cachorros sofram e transmitam para outros animais também.
TRANSMISSÃO: A transmissão acontece por contato direto, ou contato com excreções e secreções de animais infectados. A infecção geralmente ocorre pela via oronasal, onde há replicação primária no epitélio respiratório superior ou conjuntival. Progredindo em seguida para os linfonodos regionais (faríngeos e brônquicos), levando à primeira viremia. Quando atinge o sistema mononuclear fagocitário leva a uma segunda viremia disseminando-se para outros sistemas. Com alguns dias de progressão os linfonodos estão altamente infectados. Posteriormente os tecidos epiteliais e sistema nervoso central são atingidos. O vírus pode permanecer por longos períodos em células nervosas e é eliminado pelo animal até 90 dias após a infecção.
SINTOMAS DA CINOMOSE: O vírus se replica nas células sanguíneas e no sistema nervoso central do animal, os sintomas vão aparecer gradualmente e assim se agravando. As alterações clínicas comuns são anorexia, vômitos, dispneia, secreções óculos-nasais, conjuntivite, diarreia, pústulas e hiperqueratose dos coxins. Outras alterações inespecíficas são observadas, como febre, broncopneumonia e anemia. Sinais neurológicos ocorrem em média 21 dias após a recuperação das alterações dos outros sistemas, são progressivos e quase sempre irreversíveis. Os sinais neurológicos, presentes nos casos avançados, variam com a região do Sistema Nervoso Central acometida, todavia convulsões, paralisia de membros pélvicos, tremores, demência, andar em círculos e/ou incoordenação motora, são as formas mais comuns da forma neurológica em cães. Também podem se ocorrer em cães que nunca apresentaram outros sinais sistêmicos da doença.
PREVENÇÃO: A vacinação é o único método reconhecido para a prevenção da doença, sendo considerada essencial para todos os cães. Os protocolos de vacinação variam de acordo com as necessidades de cada animal, mas em filhotes recomenda-se três doses iniciais com reforços anuais, aplicadas por um veterinário. Não é recomendada a vacinação durante a gestação.
Texto: Dra. Paula