Quatro sessões de Júri Popular aconteceram entre os dias 16 de setembro e cinco de outubro, durante a manhã, no Fórum Doutor Barcelos, em Carmo do Paranaíba. De acordo com o juiz de Direito e diretor do Fórum da Comarca, Dr. Denes Marcos Vieira, todos os réus já se encontravam presos e os julgamentos não aconteceram antes por causa da pandemia de covid-19.
Dentre os crimes julgados nesse período está um dos casos mais brutais de feminicídio acontecido no município.
O crime
O assassinato aconteceu no dia 27/10/18, no bairro Santa Cruz, em Carmo do Paranaíba. O acusado, que se encontrava com 37 anos na época, teria desferido um golpe de faca por motivo fútil, na companheira de 40 anos. A Polícia Militar compareceu ao local rapidamente e levou a vítima até à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, onde sua morte foi constatada.
O crime foi agravado porque a vítima amamentava um bebê de apenas três meses, filho do réu. Além disso, outra criança, filho da vítima, de apenas seis anos, estava no local e teria presenciado o crime. O acusado foi condenado a 28 anos e 6 meses de reclusão com início da pena em regime fechado.
De acordo com o juíz, a realização do júri popular é importante, pois reforça a necessidade de justiça em casos hediondos como esse. “O júri popular é a forma mais democrática de se realizar um julgamento, pois o resultado da pena reflete naquilo que a população entende como justiça”, disse.
Fonte: Tribuna Informa